Handmade, franjas, couro e cores para o verão Cris Cardoso





Handmade, franjas, couro e cores para o verão Cris Cardoso
A marca de bijoux reforça a pegada boho e se consolida no cenário nacional

A jornalista Cris Cardoso começou a produção dos seus brincos, colares e das pulseiras, em 2009 para um pequeno grupo de amigas, como clientela. Com uma pegada leve e diferente, pitadas de tendências mescladas ao trabalho handmade, exclusivo e atemporal que a gente tanto ama nos acessórios, a marca cresceu e a Cris Cardoso se firmou profissionalmente no mercado em 2012, estruturada no site de conteúdoscriscardoso.com que já conta com 27 áreas em 4 editorias e o e-commerce loja.criscardoso.com.

Para criar as bijoux exclusivas, Cris faz um de materiais: muitas pedras naturais, couro, técnicas handmade, muranos e acrílicos. “Prefiro saber que a minha cliente está adquirindo uma peça que realmente se destacará das demais que ela tiver, uma peça com história e conceito. As meninas que usam as minhas peças têm esse perfil, gostam de misturar e criar looks hi-lo - sem medo de ousar. Vejo a moda, acima de tudo, como uma possibilidade de retratar visualmente comportamentos e, se a gente pode fazer isso com estilo próprio e mais alegria, por que não?”, explica.

As peças são produzidas em duas linhas. A primeira, mais conceitual, é feita de peças que levam dias na produção, muitas por encomenda. A segunda linha é mais comercial, com peças embasadas nas tendências de mercado, mas ainda assim com um toque diferente do que se vê por aí. Ambas, livres de coleções fechadas. O ateliê funciona o tempo inteiro, sem intervalo.

O Estiloria foi conhecer a marca e fez um pingue-pongue com a Cris, que você confere aqui:

E: Muitas blogueiras que viraram empresárias confessam que o negócio começou como uma brincadeira entre amigas. Foi isso que aconteceu com você, também?

C: Montei a primeira versão do site em 2009, ainda em formato de blog e usando uma ferramenta free. Era um misto de vitrine dos meus acessórios com meus gostos, mas seria impossível separar minha visão de estrategista de comunicação do meu negócio em si. Desde o início, eu já sabia com muita clareza o que queria e como fazer. O que não tinha era budget para investir (risos).

E: E como você resolveu isso?

C: Fechei uma parceria com um grande amigo e consultor web, o Marcelo de Souza, da Web Moving. Expliquei a ele a ideia do projeto inteiro, pesquisamos o mercado e criamos uma estratégia sem cópia, dentro da minha realidade na época. Foi daí que percebi a oportunidade de consolidar a marca sobre 2 pilares: um site e uma loja virtual para que cada um deles desse suporte ao outro. Desde 2012 estou praticamente sem finais de semana, mas chegamos onde queríamos. A marca está crescendo, com conceito claro e formando seu público tanto pelo site quanto pela loja virtual.

E: De onde vem sua inspiração para as peças?

C: Posso dizer que minha inspiração pode vir de absolutamente qualquer coisa, lugar, aroma ou pessoa. Aliás, já notei que quanto menos eu raciocino sobre um insight, melhor e mais rápido ele se forma, porque chega como inspiração e não como cálculo. Minha primeira escola foi o teatro e o ballet clássico, aos 5 anos. Era fascinante observar os brilhos e a leveza dos tules nos 'tutus’ ao meu redor. Aprendi crochê aos sete anos, tricô aos oito e todas as minhas bonecas tinham as roupinhas trocadas porque eu mesma fazia as peças. Minha mãe e minha avó paterna foram fundamentais na minha linha de trabalho handmade. No meio fashion, Patricia Field e Viviane Westwood são duas fontes riquíssimas de inspiração para mim, mulheres que fizeram suas personalidades prevalecerem fora de qualquer caixinha esperada ou imposta pelo mercado. Abriram caminhos e mantiveram seu jeito de trabalho intacto, apesar de tudo em volta.




P: Você prima pela produção em baixa escala, mas a marca está crescendo. Como conciliará isso?

C: A Cris Cardoso tem clientes de Norte a Sul, graças a Deus. Tenho recebido pedidos e estou negociando com multimarcas a expansão da comercialização das peças, mas mantendo sempre o mínimo de cada item. Crescer é um passo natural: à medida que a marca se populariza, mais pessoas conhecem e querem o produto, mas a produção em baixa escala atende a quem comprar primeiro. Ainda não pensei em mexer na escala da produção. Por enquanto, o que faço é triplicar minha atenção no mailing da marca para comunicar a todos de forma justa e dar a todas as pessoas inscritas na newsletter, a mesma informação e o anúncio da vendas das peças.


P: Como você lida com essa massificação de tendências e, consequentemente, com o esgotamento rápido do gosto em função dessa massificação?

C: Quando a gente olha o ciclo mercadológico somado ao da mídia, fica tudo tão simples e previsível que não incomoda mais. É assim: você lança um produto. Se ele emplaca, vai ser massificado mesmo e isso gera a satisfação em relação a ele. A moda vive deste entusiasmo pelo ‘novo’, mesmo que não seja um novo ‘novo’. Sempre foi assim, tanto é que muitos estilistas quando precisam dar aquele UP à marca, voltam com relançamentos, 'releituras' etc. Na verdade, o que se busca é o resgate de um suposto sucesso que o item A fez há X anos, agora. É natural. A comunicação unificada e globalizada é uma constatação. Todo mundo é beneficiado em alguma escala com a tecnologia que temos à disposição, seja para ler uma noticia, encontrar alguém, interagir.

E: E o que poderemos esperar do Verão Cris Cardoso 2015? Tem alguma coisa que você pode adiantar para o Estiloria?

C: Adianto, com certeza! Muitas cores, porque amo cor! Para o verão, a pegada boho vem mais forte ainda, com toques gipsy, muitas franjas em vários estilos e pedras naturais. Quero as meninas lindas, leves e com o astral lá em cima, como um bom e divertido verão pede!

                                                                               

Para curtir a marca Cris Cardoso, fique de olho no Estiloria e acompanhe a Cris nas redes:

IG: @sitedacris
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